Este seminário busca discutir uma questão essencial que diz respeito a inclusão da pessoa humana numa sociedade marcada pela competitividade fruto de aspectos da globalização que determina as pessoas por sua capacidade de produção determinada por um mercado de trabalho. Essa postura rompe coma dimensão ética, pois exclui as pessoas que são portadoras de certas deficiências. Assim sendo, vamos refletir sobre os desafios da pessoa surda nessa sociedade tecnológica que vivencia uma velocidade nos processos de informações e de verdade exigindo um enquadramento em padrões de produtividade. Por isso, pensar formas de acolhimento da pessoa surda e sua inserção nesse universo social que envolve o trabalho e as relações afetivas é de extrema urgência e isso resulta numa transformação da mentalidade atual preconceituosa visando uma nova cultura de inclusão conscientizando a população perante aspectos éticos e humanistas para diluir preconceitos que fundamentam ideologias de hegemonização cultural. Portanto, as políticas de educação e toda a comunidade devem estar atentas para estes fatos visando potencializar a socialização da pessoas surda visando o desenvolvimento e a livre expressão dos afetos, das emoções e dos sentimentos.
A questão fundamental desse seminário é pensar sobre o conceito de sociedade de risco. Esse novo conceito visa compreender o comportamento social e os desafios de nosso tempo tecnológico e industrial que modificou as ações humanas perante a natureza diminuindo sua significação para a vida humana. Essa visão perante a natureza é perigosa e destrutiva. Nesse ponto, a sociedade tecnológica nos impõe desafios que estão diretamente ligados a sobrevivência de toda população. A industrialização sem uma dimensão ética impõe temores sobre futuro da humanidade devido a cultura de autodestruição imposta pela lógica capitalista e seu imediatismo. Atrelado a essa realidade soma-se os impasses da tecnologia com pesquisas nucleares, pesquisas genéticas, e o problema da ecologia e a crise econômica que resulta numa sociedade que se encaminha a sua própria aniquilação. Todas essas questões permitem que o sociólogo alemão Ulrich Beck possa conceituar essa sociedade como uma sociedade de risco. Uma solução perante esse colapso humano seria um retorno a dimensões éticas perante o progresso científico e industrial que sejam capazes de reformular o comportamento consumista do indivíduo que deseja a obtenção dos produtos tecnológicos – que são postos como fundamentais para a vida e dignidade humana. Portanto, esse seminário visa compreender as questões cruciais da sociedade pós-moderna identificando em sua origem as causas que transformou negativamente o comportamento humano perante o outro e a natureza.
Contar histórias constitui a vida social do indivíduo e, ao mesmo tempo, representa a transmissão de suas experiências e visões de mundo. Esse fato se torna relevante, pois configura uma realidade social que se constrói a partir das relações históricas “moldadas” por uma vivência cultural rica de simbologia que traduz anseios, sentimentos e frustações de um povo. Marie Christine Josso (2008) defende a ideia de que as narrativas (auto)biográficas é uma atividade de formação e autoformação em que o sujeito aprende sobre ele mesmo com suas experiencias dos percursos profissionais e pessoais na interação com as pessoas. É importante entender que essas narrativas são frutos de sínteses históricas constituídas de forma relacional com múltiplas vivenciais que interagem no contexto social. Perceber a riqueza desses elementos é identificar que a palavra é fator primordial e constituinte das narrativas que anunciam um universo rico de aprendizagem humana.
Um dos grandes problemas de nosso século diz respeito às questões de conscientização da necessidade de preservação do meio ambiente e de sua importância para a vida humana. O homem da sociedade industrial entende que o meio ambiente é um recurso que deve ser explorado a fim de produzir riquezas e uma falsa ideia de bem-estar. Essa mentalidade tem produzido serias questões ambientais que são severas a vida do planeta e consequentemente a toda forma de vida deste planeta. Assim sendo, é uma questão de responsabilidade social e de compromisso ético instituir um olhar diferente perante a natureza. As empresas e os seres humanos devem se conscientizar de sua dependência da natureza, pois a garantia do futuro da humanidade depende do equilíbrio das ações humanas que se estabelece entre sociedade/natureza. Portanto, analisando a condição humana e a sustentabilidade do planeta é possível pensar que o consumismo e todo lixo produzido contribui para o desiquilíbrio ao meio ambiente impondo a urgência de atitudes para que possamos garantir um futuro mais sustentável que garanta as próximas vidas recursos vitais para sua dignidade.
A temática refletida nesse seminário busca compreender a essência do mundo tecnológico em relação ao brincar. Vamos tomar como base fundamental esta particularidade que, aparentemente, parece ser ingênua mais já anuncia um projeto de padronização e instrumentalização. O brincar na perspectiva da logica de consumo resulta numa perda da identidade, pois não sendo mais preciso uma narrativa histórica a memoria se torna algo desnecessário. Essa realidade contribui para a perda da autonomia do indivíduo perante o ato de brincar, pois a criança depende dos estímulos que o brinquedo impõe. Ou seja, entre o brinquedo tradicional e o brinquedo moderno feitchizado e tecnológico a criança adentra num mundo determinado e limitado por uma logica externa a sua subjetividade. O brinquedo determina a historia no brincar. O resultado disso: o brincar anuncia um projeto de vida que será exercido na fase adulta com a dependência da mercadoria. Portanto, a intenção desse estudo é trazer uma reflexão critica visando compreender a instrumentalização e padronização da vida humana.
O seminário busca apreender a condição humana tomando como ponto fundamental a globalização e seus efeitos no cotidiano dos indivíduos e, consequentemente, na vida da cidade. A importância dessa reflexão se justifica mediante a nova configuração das relações sociais mediada pela visão tecnológica e industrial que tende a tecnificar as ações humanas subordinando-a perante uma logica produtivista de ordem capitalista. Esse contexto produz novas paisagens configurando novos comportamentos resultando em novos hábitos no âmbito da alimentação, vestimenta e do consumo de bens tecnológicos. Com isso as múltiplas culturas se “unificam” provocando um processo de intercessão, de sentimentos e comportamentos que instrumentalizam a razão roubando a autonomia, haja vista, não haver uma identidade nessa cultura que distancia os valores da condição humana tornando-a vazia. A grande questão e desafio é conviver de forma autônoma e reflexiva nessa sociedade. Reafirmar a dimensão ética se torna essencial perante aos padrões globais que exclui o diferente, isto é, o autentico. Portanto, este seminário interdisciplinar busca refletir sobre esta realidade que é visível ao nosso olhar perante o cotidiano da existência e sociedade.
Neste seminário vamos pensar sobre as linguagens que buscam anunciar o mundo em seu sentido máximo possibilitando o dialogo entre as múltiplas perspectivas individuais de interpretação e entendimento da realidade. Neste sentido, o desafio é vincular uma base que seja possível integrar os diferentes espaços culturais e seus agentes buscando um dialogo com a pluralidade moral que orienta as ações humanas. Assim sendo, é necessário que se entenda que a realidade é descrita tomando como referencia uma constituição subjetiva que se move pela sensibilidade, paixões e vontade. Essas três esferas estão impregnadas na fala que anuncia a verdade. É neste cenário que nos perguntamos sobre o sentido da verdade na sociedade contemporâneo, haja vista, ser um desafio perante um cenário fragmentado fruto da crescente globalização e suas linguagens. Portanto, o ser humano se move na esfera da linguagem instancia necessária para vincular sentido aos fatos e, consequentemente, para a existência.
O seminário busca apresentar a diversidade da cultura e os desafios que este contexto propicia no relacionamento dos seres humanos em sociedade. Viver essa dimensão plural exige um comportamento de base ético e, ao mesmo tempo, voltado a uma reflexão sobre o sentido da coletividade buscando desraizar da cultura os elementos de homogeneização. O resultado desse novo comportamento é uma cultura mais tolerante que dialoga com as diferenças culturais tendo como fundamento o sentimento de alteridade. Portanto, este seminário busca estimular um espaço de reflexão e de aproximação às varias realidades, de modo a desenvolver competências, não só na área da cultura, mas também passiveis de transferências a outras áreas da atividade sociocultural favorecendo ao respeito às múltiplas formas de estar no mundo.